quinta-feira, 19 de junho de 2014

Eu sempre achei...




Eu sempre achei que o amor, que o grande amor, fosse incondicional. 
Que quando duas pessoas se encontram, quando este Encontro acontece, pode trair, brochar, azar, todas as porradas… 
Sendo o grande amor, ele voltará triunfal, sempre. 
Mas não, nenhum amor é incondicional.
 Então, acreditar na incondicionalidade é decididamente precipitar o fim do amor. 
Porque você acha que esse amor aguenta tudo, então de um jeito ou de outro você acaba fazendo esse amor passar por tudo… 
E um amor não aguenta tudo. Nada nessa vida é assim. 
Daí você fala que esse amor não tem fim, para                                                                           que o fim então comece. 
Um grande amor não é possível – e talvez por isso é que seja grande. 
Assim, nele obrigatoriamente cabe, tem de caber também o impossível. 
Mas quem acredita? Quem acredita no impossível?
 Se não apaixonadamente? Como a um Deus, incondicionalmente?

(André Newmann)