quarta-feira, 1 de março de 2017

 É preciso saber viver...


Há quem diga que tudo é questão de escolhas! 
Aproveito a deixa para fazer alusão a uma antiga lenda de um velho e sábio indígena, a qual relembro aqui: “Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que acontece dentro das pessoas.
Ele disse:
– A batalha é entre os dois lobos que vivem dentro de todos nós. Um é Mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho falso, superioridade e ego.
O outro é Bom. É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, benevolência, empatia, generosidade, verdade,
compaixão e fé.
O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô:
– Qual lobo vence?
O velho índio respondeu:
– Aquele que você alimenta!”
É comum atirarmos a culpa daquilo que nos acontece aos outros, ao mundo, ao destino, a Deus e ao diabo. 
Vemos pessoas reféns de si mesma, desperdiçando uma vida inteira, ao isentar-se da responsabilidade de seus atos, num ciclo doentio de coitadismo ou demonismo.
Seremos mais felizes, mais livres e mais inteiros, quando as nossas escolhas partirem do pressuposto de que somente eu sou responsável pela minha felicidade.
O que tem motivado nossas atitudes e conduzido nossas vidas?
Qual lobo está forte e bem alimentado dentro de nós?
Como ousamos nos chamar de "seres racionais" se não somos capazes de barrar aquilo que nos fere e mutila nossos sonhos? 
E como diz o poeta: "entre ser feliz e ter razão, eu escolho ser feliz!" 
Escolha ser feliz, perdoar, amar, viver e transformar em festa cada um de seus dias de um tempo que não volta...



terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Estranho ímpar

"Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar"
(Carlos Drumond de Andrade)

Sem a pretensão da eloquência das palavras ou da vaidade inflamada dos discursos, volto aos queridos leitores com o simples intuito de uma criança que apenas deseja partilhar da singeleza da vida numa tarde de verão.
Que experiências povoaram o universo no querido Drumond, ao citar algo tão peculiar ao ser humano de forma tão poética?! Cá com meus botões me ponho a refletir: que diria o velho poeta em dias de "modinha" num mundo de "massas"??!! 
O tempo urge! E urgente se faz, resgatarmos nossa essência de seres únicos e de história própria. 
Se minhas digitais não são iguais, se meu DNA não e igual, porque devo ser figurinha repetida de uma história qualquer? Você tem essência única. Um jeito especial de ser, determinado pelo próprio Criador. 
A riqueza está nas diferenças que somam, na singularidade que define e na nobreza de ser espécie única. Descubra sua essência, deixe-a florescer, encante e re-encante a vida por onde passar. 
E como já diz a canção, seja você, seja feliz, se chorar ou se sorrir, o importante é seguir em frente e plantar sua semente em solos de "estranhos ímpares". 

sábado, 21 de março de 2015

Aprendi...



Há algum tempo não escrevo aqui. Como afirma a Sagrada Escritura, "...para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu; ...tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar..."
Vivi o meu tempo de silêncio no blog...tempo em que caí e me reciclei...e principalmente, aprendí!
Aprendí que tudo passa, mas as marcas ficam.
Marcas com as quais podemos pintar uma bela obra de arte da nossa vida. 
Tudo depende do que fazemos com nossas memórias. 
Tudo é aprendizado! 
Tudo depende da tônica que damos às telas que a vida nos permite pintar com as tintas de um cotidiano cheio de imperfeiçoes e mistérios...
Aprendi que ninguém tem o poder de me afetar se eu não me deixar atingir!
Aprendi que aquilo que é uma verdade para o outro, para mim pode não passar de um palavreado inútil!
Aprendi que não preciso concordar com o que não gosto, nem tampouco agradar a quem me desagrada.
Aprendi ainda, que a minha felicidade só depende de mim...pois quem não não é um bom ímpar, jamais poderá ser um bom par!
Aprendi também, que aquele que não consegue se perdoar, jamais perdoará alguém!
Aprendi que alguém que não se ama e não aceita suas imperfeições, acabará sendo um cruel carrasco da humanidade...
Aprendi ainda, que eu não preciso dizer sim, quando eu quero dizer não.
Também aprendi, que tudo que é seu, encontrará uma maneira de chegar até você e que viver é o bastante!
Aprendi que continuarei aprendendo até o último por do sol...

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Eu sempre achei...




Eu sempre achei que o amor, que o grande amor, fosse incondicional. 
Que quando duas pessoas se encontram, quando este Encontro acontece, pode trair, brochar, azar, todas as porradas… 
Sendo o grande amor, ele voltará triunfal, sempre. 
Mas não, nenhum amor é incondicional.
 Então, acreditar na incondicionalidade é decididamente precipitar o fim do amor. 
Porque você acha que esse amor aguenta tudo, então de um jeito ou de outro você acaba fazendo esse amor passar por tudo… 
E um amor não aguenta tudo. Nada nessa vida é assim. 
Daí você fala que esse amor não tem fim, para                                                                           que o fim então comece. 
Um grande amor não é possível – e talvez por isso é que seja grande. 
Assim, nele obrigatoriamente cabe, tem de caber também o impossível. 
Mas quem acredita? Quem acredita no impossível?
 Se não apaixonadamente? Como a um Deus, incondicionalmente?

(André Newmann)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Idade da alma


Minha alma não tem idade
Às vezes acordo e tenho cinco anos.
Quero brincar, quero rir, quero as continhas brilhantes e coloridas,
quero olhar as nuvens, e nelas achar meus carneirinhos,
minhas bonecas, meus brinquedos preferidos.
Quero ainda acreditar na magia e no pó do pirlimpimpim.

Minha alma não tem idade
Às vezes acordo e tenho 15 anos.
Minhas mãos suam, meus lábios tremem e
meu olhar desvia.
Tenho vergonha, fico tímida e revivo a intensidade
e o prazer do primeiro beijo, da primeira paixão,
da descoberta do novo.
Tenho força e sinto que posso mudar o mundo.

Minha alma não tem idade.
Às vezes acordo e tenho 30 anos.
Anseio a maternidade, desejo o encontro,
procuro a intimidade.
Vivo o amadurecimento consciente do bem e do mal,
do bom e do ruim, do céu e do inferno, do puro e do profano.
Piso a terra, mas sei que posso voar.

Minha alma não tem idade.

Às vezes acordo e tenho 60 anos.
Tenho a experiência e quero dividir.
Posso acolher,
posso conceber,
posso me compadecer e me reconhecer.
Oferecer a tranquilidade e a sabedoria do tempo, que não pára, que cura, que cicatriza…
Minha alma não tem idade.
Às vezes acordo e não sei quantos anos tenho e
nem quantos se passaram.
Em meu coração, apenas a certeza de que pertenço à humanidade,
sem rosto,
sem idade,
sem identidade.
E é na alma, repleta de amor e recordações que sinto todas as idades, me mostrando uma vida rica e preciosa.
E é lá que encontro o meu grande tesouro, uma linha colcha de retalhos,
única, original e que leva a minha assinatura.

Nela está escrito:VIDA


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Construir-se


Esta existência terrena é feito uma viagem
Num dia se chega,
No outro, se parte
Levada pela invisível mão do tempo, vamos percorrendo estação após estação
Na nossa bagagem: sonhos, medos, aspirações...
O tempo prático dos relógios,
O tempo poético da alma,
O tempo criativo do artista...
Acerca do tempo tudo ignoramos, e, no entanto, é tudo que temos enquanto seguimos adiante
A paisagem de fora, a vemos com os olhos de dentro
Cada um percebe a paisagem segundo a história de sua vida sensivel
Cada um percebe o mundo conforme a poesia que traz na alma...
O permanente diálogo mudo com o mundo, as lembranças de uma infância remota.
Somos feitos de memórias, reminiscências, recordações
Por entre os dedos, feito areia fina, quão velozmente os dias e as horas desta vida terrena escorrem...
Passam-se os meses, voam os anos, 
as folhas do calendário quão fácil se desprendem...
E o que vem a ser essencial nesta breve jornada?
Quais as coisas pelas quais vale a pena empreender o bom combate?
De sonhos e flores somos feitos, 
pequenos peixes confinados em aquários.
Acerca da eternidade, "o insondável mar" apenas remotamente intuimos
Acolher a pausa, a reflexão, a meditação; 
fechar os olhos para ver melhor
Cultivar uma audição capaz de captar, 
em meio aos ruidos do mundo, 
a melodia do silêncio que enternece
Aproveitar os dias e as horas para semear a bondade 
e cultivar os mais belos jardins...

(contribuição de um_peregrino)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Tudo posso Naquele que me fortalece!!!

"Um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade"!       

                                                                     
                                 Há os que duvidaram. 
                       Há quem acreditou.                                                                 
         Há os que ficaram pelo caminho. Há os que chegaram ao final...
O que diferencia uns dos outros?
Antes de qualquer explicação filosófica, é preciso entender que ultrapassou a linha de chegada aqueles que acreditaram em si mesmo, que souberam enfrentar as intempéries da vida em busca dos seus objetivos.
Como não lembrar das nossas manhãs nestes dois anos de RH?
Como esquecer as turbulências da sala 210?
 Atrasados ou intrigados, questionadores ou conciliadores, tímidos ou brincalhões...cada um do seu jeito, com sua personalidade foi contribuindo para que esta história chegasse ao final feliz.
Uma coisa somente é inquestionável: se aqui chegamos, é porque no caminho alguém nos deu a mão. Fomos nos encontrando e nos ajudando.
Os de mais perto... os que tinham maior afinidade... os que se deixaram ajudar... os que souberam compreender que o amor e amizade são ingredientes da felicidade...















































quinta-feira, 19 de abril de 2012

SÊ!


"Sê inteiro em cada parte, em cada fragmento
Da vida que hoje está ao teu redor
Breve, leve, certo se despede este instante
Pra nunca mais pousar em tuas mãos"
(Pe. Fábio de Melo)




Na cultura do imediatismo, nos acostumamos a viver fragmentados.
A pressa, o acúmulo de atividades, as inúmeras responsabilidades, a correria do cotidiano, contribuiram de certa forma, para que o homem se perdesse de si mesmo.
Existimos sem saborearmos a essência do "estar vivo". As tecnologias, embora encurtando distâncias, dilapidaram o "sentir".
Nostálgico?! Exagerado?! Ultrapassado?!
Experimente sentir o toque do vento em sua pele, o cheiro que emana da vida ao seu redor, degustar vagarosa e deliciosamente o sabor das coisas...
Experimente sentir o efeito sacro de uma música apenas ouvindo-a sem correr ao Goggle para ver primeiramente a letra.
"...breve, leve, certo se despede este instante..." Precisamos ressignificar nossa travessia, seja ela breve ou demorada, porém que seja plena!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Acredite...é hora de vencer!

Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”.
48Natanael perguntou: “De onde me conheces?”
Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira eu te vi”.

49Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, és o Rei de Israel”. 50Jesus disse: “Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!”(Jo 1,47s)

Imersos nos inúmeros ruídos que o mundo nos apresenta, acabamos por adotar um sistema que nos robotiza, nos dessensibilizando para o essencial. Criamos o conceito de achar que as coisas acontecem simplesmente por que tem que acontecer e nos esquecemos de um detalhe da nossa existência: Há uma força transcendental que norteia nossas vidas à medida em que vamos permitindo e que conduz à uma verdade irrefutável: Deus caminha no meio de nós!!!
Aqui cabe um questionamento: o que me pertuba ou tira minha paz?
Que medos sufocam meu desejo de felicidade?
O que me impede de fazer escolhas e me apropriar das mudanças?
Hoje o convite é extendido a você também: busque sua figueira, faça sua prece, dê passos e acredite que alguém maior que você caminha ao teu lado e conhece o teu coração.
O ano é novo?Então faça-o novo de verdade reescrevendo sua história em busca do final feliz!
Que Deus os abençoe e boa figueira para você!!!

sábado, 3 de dezembro de 2011

VERDADE...



É muito fácil nos perdermos do essencial quando não enxergamos, apenas vemos. Se não tomarmos cuidado, a vida passará por nós e não a perceberemos.
Enxergar é saber observar o que realmente importa, o que realmente nos convém.
Tenho percebido que a grande intenção do inimigo é nos cegar, colocar uma nuvem na nossa capacidade de enxergar, de reconhecer quem realmente somos.

Uma pessoa que não se enxerga, não avança, não cresce, não supera; fica estacionada, porque tem a incapacidade de se ver.

Preste atenção em você, em quem você é.

Permita que o olhar que você tem sobre si seja verdadeiro.
Pare de exigir de você aquilo que não tem para oferecer, pois, a partir do momento em que você reconhece a sua verdade, tem a capacidade de crescer.Quando temos dificuldade de olhar para nós mesmos, corremos o risco de assumir um personagem que não somos.
Não tenha medo de quem você é; abandone as suas ilusões e as substitua por esperança. O diabo vai lhe dar sempre uma ilusão, mas Deus vai lhe dar sempre uma esperança.
Mas se você não se olha, não lida com sua verdade, corre o risco de desperdiçar sua vida com ilusões que não se realizam. É uma especialidade do inimigo de Deus provocar em nós uma cegueira e, assim, desperdiçamos nossos talentos, porque não descobrimos nosso lugar.
Que Deus nos ajude a olhar para nós, pois se não tivermos essa “lente” para olhar nossos defeitos, não seremos felizes, porque
ninguém pode ser feliz distante de sua verdade.
(Pe. Fábio de Melo)